Invasão Chinesa na Lutheria

**£ëø Mø®£ix** 17/1/2011, 15:41

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>>> Invasão Chinesa na Lutheria <<<

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Há uma certa questão e preconceito quando se diz que um violino é chinês, por exemplo. Isso se deve ao nada empolgante passado deles, onde todos os instrumentos chineses eram fabricados em linha de montagem, seu acabamento era horrével, e seu som mais ainda.
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Porém, de uns anos para cá, muita coisa foi mudando, e hoje, temos alguns exemplos que, violinos, violas, violoncelos e alguns contrabaixos chineses continuam sendo chineses, continuam sendo feito em linha de montagem, porém, algo significante mudou.
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Hoje já existem "N" categorias de chineses, que são feitos com algum cuidado especial, conforme vai aumentando o preço do produto final. Alguns modelos (a maioria deles, na verdade), continuam dando dó de se ver e se tocar, sendo até prejudicial para o aprendizado.
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Em contrapartida, temos visto algumas coisas muito boas, e até algumas obras-prima, onde pode confundir a cabeça até de músicos mais experientes, e de alguns luthiers, como eu mesmo já fui testemunha. O fato é: Os chineses já aprenderam a fazer violinos. Basta saber procurá-los.
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> A Evolução <

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Antes tudo era terrível. Acessíveis, bonitinhos e ordinários. Sua fisionomia e detalhes, como voluta passavam batido apenas pelos mais leigos. Pesados como tijolos, devido sua quantidade de madeira para se fazer dois violinos num único tampo.
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O som não poderia ser outro: De torcer o nariz. O Cremona e o Palatino eram os pioneiros dessa terrível safra. Logo após, surgiram varias outras marcas, porém, com a mesma base.
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Aí surgiu a Eagle. Alguns modelos apareceram com um preço mais salgado do que a média. Muitos estranharam, e os leigos não o aceitavam devido seu preço alto, mas não sabiam o porque dele. Para quem entendia, notava que alguma coisa havia mudado, pra melhor. Seu acabamento, seu peso, e um pouco, o seu som.
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Logo na sequência apareceu quem evoluiu a idéia da Eagle: a Mavis. Seus instrumentos de preço mais caro eram leves, o veniz tinha uma textura diferente, e o som, fazia muitos se perguntarem o que tinha acontecido. Notava-se um certo capricho nesses modelos que eram mais caros do que os outros. Aí começou a evolução. Mas ainda não chegavam perto do alemão Hofner (fábrica alemã, hoje, extinta), e muito menos, dos artesanais ou antigos.
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> O Aperfeiçoamento <

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E tudo pode melhorar. Foi adotando essa frase, que os chineses passaram a dar mais ênfase na construção de seus modelos especiais. Nota-se que ainda são linha de produção. Mas é mais notável ainda, o capricho com que alguns detalhes são executados na sua construção. Até aqui, violas e violoncelos eram apenas simples como os violinos chineses mais baratos.
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Até que a Mavis lançou sua viola MV-1016. Fundo levemente rajado, verniz a álcool e o som diferente de todas as violas chinesas.
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Aí a Eagle lançou seu VK-244. À vista surpreende tanto, que se conclui que trata-se de um chinês, quando o pega nas mãos, e olha o selo no seu interior. Madeira rajada, selecionada, medidas externas bem mais acabadas, voluta melhor trabalhada, filetamento genuíno de sua caixa (alguns antigos chineses já eram, mas a maioria era pintura), o verniz visivelmente mais fino...
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E o som... Bem... melhorou bastante, mas ainda não havia se igualado aos Mavis. Por quê? Os Eagles, até hoje, por mais sofisticado que seja seu instrumento, ainda pecam um pouco na espessura do tampo, e no verniz, que, apesar de mais fino, ainda é sintético. Já a Mavis, tem um trabalho interior bem mais cuidado, usam verni a álcool e... O resultado é visível.
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> Som que, pode confundir os professores <

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Depois a Eagle lançou os modelos VK-644, VP-744 e VK-544 (o primeiro de fundo inteiro de fábrica chinesa).
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Pouca coisa mudou em relação ao VK-244, mas o som está mais cheio e mais apurado. E do outro lado, vem a Mavis, com seus modelos MV-1416, MV-1417 e o top dos chineses de fábrica hoje, o MV-1421.
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E de viola, foi lançada a MV-1017, e MV-1019 (seu top de linha hoje). E como violoncelo, a Eagle deu um passo a frente colocando no mercado o CE-300, mas foi ultrapassado quando a Mavis respondeu com o MV-6017. Exelentes chineses, mas... Ainda não era o suficiente para confundir os Luthiers.
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> O Ápice <

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Alguns instrumentos chineses, como os Eagle profissionais atuais, poderão ser substituídos por novos modelos de catálogo, como já se nota um novo modelo de viola, que ainda não está no site, mas já há fotos em alguns sites de loja de instrumentos. Aparentemente, é a melhor viola da Eagle. Mas se comparadas com as MV-1017 e MV-1019 da Mavis, ainda perde feio. Eu mesmo tenho uma MV-1017 e, foi muito elogiada pelo próprio Rafael Sando, que viu e tocou com ela, concluindo que seu acabamento e seu som nada tem a ver com um instrumento chinês.
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Agora, o ponto onde eu estava querendo chegar. A pouco tempo, apareceu um revendor de instrumentos chineses, que dizia em sua propaganda, que eram feitos pelo luthier chinês Dan Sun. Esses instrumentos, com certeza são o ápice dos chineses de hoje, passando a frente até da gigante Mavis, perdendo pouca coisa, no quesito verniz de seus instrumentos mais baratos, comparado aos mais caros da Mavis.
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O verniz ainda é a álcool, mas na tentatica de dar um brilho extra e baratear o custo, nota-se muito breu na fórmula. Mas nada que atarapalhe de fato e tire seu brilho existencial. São instrumentos chineses, feito em produção, porém, nota-se que demorem pelo menos uns três meses para ficarem prontos, e não passam por muitas mãos, como os chineses mais baratos, onde um monta o tampo, outro cola o braço, outro passa o verniz, etc.
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Se esse luthier Dan Sun realmente existe, não sei responder. Mas afirmo que, cada instrumento realmente recebe o toque de um luthier, ou um técnico muito talentoso, pois o que mais importa, que são as medidas internas e a barra harmônifca, estão impecavelmente no lugar correto. Seu acabamento é um show a parte, e são muito diferentes um do outro, não seguindo a fórmula feijão-com-arroz dos chineses baratos. Seu som, simplesmente é o melhor já visto em chineses. Se a madeira realmente têm 12 ou 50 anos como se diz, pode não ser verdade, pois bons artistas sabem como envelhecer a madeira em uma semana.

gabriel 1/2/2011, 20:48

No ano passado, tive a aportunidade de conversar com um importador de violinos que me explicou como está o atual mercado chinês de violinos. Segundo ele existem as fábricas e existem ateliês onde trabalham geralmente de 5 a 10 luthiers. Os preços variam de acordo com o ateliê, idade de madeiras, etc.
Comprei um violino de um desses ateliês no mês passado, fiquei impressionado com a qualidade e sonoridade do instrumento, seguem algumas fotos:

[URL=https://2img.net/r/ihimizer/i/p1010652b.jpg/] Invasão Chinesa na Lutheria P1010652b.th

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Mayara Verginio 23/2/2011, 09:13

O preconceito passa de geração a geração, sempre vai haver as pessoas totalmente contra os chineses, mas eu tenho um Eagle 644 e estou muito satisfeita, claro que se tivesse condições compraria um melhor mas não tenho do que reclamar... xP

**£ëø Mø®£ix** 10/10/2011, 10:23

Que violino é esse amigo? Onde comprou?
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Mayara, acredito não ser preconceito.
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É que os Eagles estão longes de serem perfeitos por causa do excesso de verniz, qualidade do verniz (Semi-sintético), excesso de madeira no tampos e claro a falta de cuidado na fabricação.
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Essas fábricas não tem luthiers. Todo processo de corte é feito por máquinas, dá pra perceber que eles fazem é o violino gritar, fazendo como se fosse uma lança a alma, colocam cordas de aço, não se preocupam muito com a qualidade. As pessoas acham que o violino é muito bom por causa do som alto, mas quem tem noções de lutheria sabe de todos os defeitos, mas o violino tem potência muito grande, bastar trocar algumas peças, substituir o jogo de corda por um de qualidade, fazer uns ajustes finos que o violino fica agradavel aos olhos e aos ouvidos.

Luís Azevedo 19/7/2012, 23:39

Fabrica de violinos na China...

**£ëø Mø®£ix** 20/7/2012, 15:17

O bom do vendedor chinês que ele sabe fazer um preço que só chinês faz. rs*
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Não é que os caras estão aprendendo a fazer violinos? Cada ano eles ficam melhores.
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Os de atelies não precisa comentários, são muito superiores, principalmente daqueles luthier que estudou em cremona.
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O luthier fake. rs*
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Mas que são bons os violinos feitos no atelie dele, isso são! Só que até hoje nunca vi foto e nem video do tal sujeito. kkkkkkkkk

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